De repente me vejo assim
Um pouco de longe
Mas perto de mim
Há uma distância
Entre o meu umbigo e o seu
E pela janela
Vejo que o seu sorriso não morreu
Posso estar perdida
Mas nem um pouco desiludida
Por estranho que pareça
Mais crédula da vida
Nem tudo faz sentido
Mas finjo que não vejo
Que quase nada parece permitido
Nos olhos de quem almejo
E como sempre nasce em mim
O simples desejo
Da vontade sem fim
Do gosto do beijo
Não importa o que virá
Metade ou um quarto
Se quero, vou tentar
O gosto do prato farto
Mesmo assinado Resposta
Só resta esperar
Mesmo que agora inerte
O momento há de nos encontrar
Pelo sim ou pelo não
Previsão com você não há
Na reta ou na contramão
Minha vontade é de te apertar
Então, se preciso for
Bato de frente
Esqueço tudo que disse
E jogo tudo pro alto, de repente.
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